segunda-feira, 31 de março de 2014

Memória Imunitária

      O sistema imunitário é responsável pela defesa do organismo contra agentes patogénicos. Esse sistema é composto por uma gama de substâncias e células, entre elas as células de memória, que desempenham o papel de armazenar durante vários anos ou pelo resto da vida a capacidade de identificar partículas infecciosas, com os quais o organismo já esteve em contacto. Ao mecanismo de reconhecimento de antigénios, dá-se o nome de memória imunitária.
     Durante o primeiro contacto com um antigénio, o organismo produz uma resposta imunitária primária, em que ocorre a diferenciação de linfócitos B e T em células efetoras e células de memória. As células efetoras, como o próprio nome já diz, combatem especificamente a partícula infecciosa, impedindo sua proliferação. Esse tipo de célula permanece no corpo apenas por alguns dias, sendo degradadas após a neutralização do antigénio; ao contrário das células de memória, que continuam no organismo por longos períodos, imunizando-o contra a acção do mesmo agente infectante em exposições posteriores. Num novo contacto, será desencadeada a resposta imunitária secundária, mais intensa e rápida do que a primária, que destruirá os invasores, talvez até antes de surgirem os sintomas da doença.
       As células de memória são específicas, isto é, o corpo produz um tipo de defesa para cada tipo de antigénio. Isso ocorre porque na superfície dos antigénios existem diversas regiões passíveis de serem identificadas, que são denominadas determinantes antigénicos, assim como nas células de defesa existem os receptores celulares, moléculas proteicas que propiciam a interacção da célula com as substâncias do meio. Cada epítopo une-se apenas ao seu receptor celular correspondente (o que lembra muito o modelo “chave-fechadura”), permitindo que a célula reconheça o corpo estranho e dê início a uma resposta imune.
  Graças à capacidade das células de memória de reconhecer antigénios, algumas doenças são adquiridas apenas uma vez na vida.Os conhecimentos acerca da memória imunitária também levaram ao desenvolvimento de uma importante ferramenta da Medicina do século XX: a vacina. Quando um indivíduo é vacinado, é introduzido em seu organismo um agente infeccioso (vírus, bactérias, toxinas) atenuado, o que prepara o corpo para responder efectivamente a um ataque futuro, impedindo que a doença se instale.




Souce: http://www.infoescola.com/biologia/memoria-imunitaria/ 

Alexandre Pancadas e Sandra Duarte

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